Manejo Integrado de Pragas Florestais: fundamentos ecológicos, conceitos e táticas de controle, surgiu da necessidade de se reunir em um mesmo volume informações sobre a prevenção e o controle de insetos-praga em florestas plantadas, os conhecimentos sobre as diversas táticas disponíveis, e, principalmente, da integração entre elas, levando-se em consideração os princípios de sustentabilidade. Para que o leitor tenha um completo entendimento da problemática dos insetos daninhos, inicialmente é abordado o papel essencial dos insetos como agentes reguladores da produção ecossistêmica, destacando-se esse grupo de herbívoros como parte integrante e indispensável ao funcionamento do ecossistema florestal como um todo. Os aspectos fundamentais da relação entre plantas e insetos herbívoros são analisados para mostrar a profunda relação estabelecida entre produtores e consumidores primários resultante do processo coevolutivo, mas também enfatizando os consumidores secundários, elo fundamental das interações ecológicas atuantes no ecossistema.
Como o principal enfoque é a entomologia aplicada, voltou-se a atenção para o aspecto econômico e a influência que os insetos herbívoros exercem sobre o ciclo produtivo, caracterizando-se os diversos tipos de injúrias resultantes da associação planta-inseto. Em seguida, tratou-se das técnicas e instrumentos de amostragem de populações e os níveis ecológicos críticos que formam a base da condução de qualquer programa de manejo de pragas. Como propósito maior, foram analisadas e discutidas, à luz dos resultados publicados na literatura especializada, as diversas táticas de controle, norteadas pelos princípios de ecologia aplicada e da filosofia do manejo integrado de pragas em florestas plantadas. A obra traz os fundamentos teóricos e informações práticas que alicerçam as táticas disponíveis para reduzir os danos econômicos decorrentes da ação dos insetos.
Embora o foco principal tenha sido o manejo de insetos em florestas, muitos resultados de sucesso alcançados no controle de pragas agrícolas foram citados no decorrer da exposição das táticas de controle, cujo emprego é comum em ambos os setores. Portanto, o público alvo dessa obra abrange estudantes de biologia, ecologia, engenharia florestal e agronomia, técnicos em meio ambiente, profissionais e pesquisadores ligados às ciências biológicas e agrárias. Trata-se de leitura obrigatória para aqueles profissionais que atuam no agroecossistema e que desejem regular as populações de insetos-praga de uma forma econômica, ambientalmente correta e socialmente aceitável
Editora: Technical Books Autor: Alberto Fábio Carrano-Moreira Ano: 2014 Edição: 1ª Nº de pág: 349 Acabamento: Brochura Formato: 15x22cm ISBN: 978-85-61368-38-8
INTRODUÇÃO – 19
CAPÍTULO 1 - IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DOS INSETOS - 25 Funções dos insetos no meio ambiente - 26 Eficiência ecológica dos insetos - 27 Efeito dos insetos no ecossistema florestal - 29 Ciclagem de nutrientes - 30 Outras funções dos insetos - 32 Consumidores de segunda ordem - 32
CAPÍTULO 2 - INTERAÇÃO PLANTA-INSETO - 35 O ecossistema florestal - 36 O agroecossistema e as doenças ecológicas – 38 A herbivoria e os mecanismos de defesa das plantas - 40 Composição química de plantas e insetos - 43 Indisponibilidade nutricional - 46 Substâncias metabólicas secundárias (SMS) - 46 Teorias sobre alocação de recursos para defesa em plantas - 54 Mecanismo indireto de defesa das plantas - 57 Infecção por fungos endófitos - 58 Mecanismos de defesa física - 58 Mecanismos de ação de insetos fitófagos - 60
CAPÍTULO 3 - A HERBIVORIA E SEUS EFEITOS - 65 Conceitos Fundamentais - 65 Praga - 67 Praga-chave - 68 Controle curativo versus controle preventivo - 70 Impacto do ataque de insetos - 71 Classificação das injúrias produzidas por insetos em plantas - 72
CAPÍTULO 4 - MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS - 81 Evolução do conceito de Manejo Integrado de Pragas - 81 Definindo o Manejo Integrado de Praga - 85 Tolerância às injúrias - 86 Crescimento populacional - 87 Restrição de crescimento - 91 Teorias da regulação populacional - 92 Influência da temperatura no desenvolvimento dos insetos - 96 Estratégias de reprodução (estrategistas r e K) - 99 Tabelas de vida - 100 Níveis populacionais críticos - 104 Classificação dos insetos-praga - 107 Análise de custo/benefício das medidas de controle - 109 Detecção e monitoramento de populações de insetos-praga - 110 Amostragem - 111 Distribuição espacial de populações - 112 Modelos probabilísticos - 114 Determinação da distribuição espacial - 116 Estimativa da densidade e tamanho da população - 118 Amostragem de populações - 118 Instrumentos e métodos - 118 Instrumentos de coleta ativa - 119 Instrumentos de coleta passiva - 120 Estimativa do tamanho de uma população - 123
CAPÍTULO 5 - TÁTICAS DE MODIFICAÇÃO, REGULAÇÃO E CONTROLE DE PRAGAS - 125 CONTROLE INDUZIDO INDIRETO - 126 TÁTICAS DE CONTROLE SILVICULTURAL - 127 Estabelecimento da floresta - 127 Diversificação da composição - 130 Regularização da densidade - 132 Remoção de árvores de risco - 133 Escalonamento de plantio - 133 Adubação - 135 É poca de plantio - 135 Uso de planta-armadilha - 136 Poda - 136 Eliminar focos da praga - 137 CONTROLE INDUZIDO DIRETO - 137 TÁTICAS DE CONTROLE LEGISLATIVO - 137 Medidas quarentenárias - 139 Medidas obrigatórias de controle - 144 Fiscalização do comércio e uso de agrotóxicos - 145 TÁTICAS DE CONTROLE MECÂNICO - 146 Catação - 146 Descascamento - 147 Uso de arame - 147 Escavação da colônia - 147 Técnica da batida - 147 TÁTICAS DE CONTROLE FÍSICO - 148 Barreiras - 148 Aplicação de óleos minerais - 149 Plantio de quebra-ventos - 149 Atmosfera modificada - 150 Fogo - 150 Temperatura - 151 TÁTICAS COM USO DE RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS - 151 Armadilhas coloridas - 152 Armadilha luminosa - 153 Infravermelho - 156 Micro-onda - 156 Raios gama - 156 Técnica de Inseto Estéril (TIE) - 157 Som - 159 TÁTICA DE CONTROLE POR RESISTÊNCIA VARIETAL - 159 Mecanismos de resistência - 162 Antixenose - 163 Antibiose - 164 Tolerância - 164 Graus de resistência - 165 Causas da resistência - 165 Seleção de espécies resistentes - 166 Plantas geneticamente modificadas - 167 TÁTICA DE CONTROLE ETOLÓGICO OU COMPORTAMENTAL - 169 Histórico - 169 Definições - 170 Feromônios usados como cairomônios e alomônios - 178 Produção dos feromônios - 178 Tipos de glândulas - 179 Recepção dos feromônios - 181 Obtenção de feromônios - 182 Extração do feromônio - 183 Análise por cromatografia - 184 Eletroantenografia - 186 Identificação de feromônios - 187 Testes com olfatômetro - 187 Armadilhas - 188 Emprego dos feromônios - 193 Monitoramento de populações - 193 Coleta massal - 194 Confundimento - 194 TÁTICA DE CONTROLE BIOLÓGICO - 195 Histórico - 196 Base ecológica do controle biológico - 199 Terminologia - 203 Parasito - 203 Predador - 203 Modelagem das relações predador/presa - 205 Parasitoide - 208 Seleção do hospedeiro/presa - 211 Modalidades de aplicação do controle biológico - 212 Importação e colonização - 212 Introdução única ou múltipla? - 217 Predador ou parasitoide? - 218 Conservação e aumento - 220 Criação massal e liberação - 224 Inoculativo - 225 Suplementar - 226 Inundativo - 227 Vantagens e limitações do controle biológico - 228 CONTROLE MICROBIANO DE INSETOS - 229 Formas de infecção - 230 Agentes do controle microbiano - 230 Bactérias - 230 Fungos - 234 Vírus - 237 Vírus da poliedrose nuclear (NPV) - 237 Vírus da poliedrose citoplasmática (CPV) - 240 Vírus da granulose (GV) - 240 Nematoides - 241 Protozoários - 244 Formas de aplicação dos bioinseticidas - 245 Vantagens e desvantagens do controle microbiano - 245 TÁTICA DE CONTROLE QUÍMICO - 246 Conceitos e definições - 248 Caracterização e obtenção dos inseticidas - 249 Formulação - 250 Principais formulações comerciais - 251 Classificação dos inseticidas - 253 Formas de aplicação dos inseticidas - 256 Toxicologia - 259 Escolha do inseticida para uso no MIP - 263 Receituário agronômico - 264 Seletividade dos inseticidas - 265 Seletividade fisiológica - 265 Seletividade ecológica - 267 Novos compostos - 267 Seletividade por comportamento - 270 Limitações e efeitos colaterais do emprego de inseticidas - 271 Vantagens da tática de controle químico - 277
CAPÍTULO 6 - ESTRATÉGIAS DE MANEJO DAS PRAGAS FLORESTAIS - 279 Formigas cortadeiras - 280 Cupins de solo - 282 Lagartas desfolhadoras do eucalipto - 284 Besouros desfolhadores - 286 Insetos-broca de ponteiros - 288 Insetos-broca do tronco - 290 Insetos aneladores - 294 Insetos sugadores - 296 Insetos galhadores - 298
CONSIDERAÇÕES FINAIS - 301 BIBLIOGRAFIA - 303 ÍNDICE GERAL - 333 ÍNDICE DE ESPÉCIES - 341